quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Um pouco da história de Conímbriga


Conímbriga


Conímbriga é indiscutivelmente um conjunto arqueológico de inigualável importância no nosso país, quer pela sua imponência e grandiosidade quer pelo seu excelente estado de conservação.
Segundo os estudiosos da matéria, Conimbriga foi habitada entre o Séc. IX a.C. e Sécs. VII-VIII.

Dizem alguns que a sua primitiva ocupação foi feita por celtas da tribo dos Lusitanos.

Este espaço é comumente conotado com os romanos mas, na verdade, os romanos só chegaram a Conimbriga na segunda metade do Séc. I a.C., e nessa altura era já um povoado importante. No entanto, é que inquestionável que a romanização lhe trouxe um enorme incremento, tornando-a numa próspera cidade.

Como todo o império romano, depois da grande ascensão veio o declínio, com reflexos também nesta cidade. Com a profunda crise política e administrativa do Império, Conimbriga sofreu as consequências das invasões bárbaras. Em 465 e em 468 os Suevos capturaram e saquearam parcialmente a cidade, levando a que, paulatinamente, esta fosse abandonada.

As primeiras escavações arqueológicas, efetuadas de forma sistemática, começaram em 1899 graças a um subsídio concedido pela rainha D. Amélia.

Essas escavações arqueológicas puseram a descoberto uma parte muito significativa do traçado desta cidade possibilitando, ao visitante das Ruínas, a prova viva de uma planificação urbanística laboriosa e atenta a todas as necessidades: o fórum, o aqueduto, os bairros de comércio, indústria e habitação, uma estalagem, várias termas, o anfiteatro, as muralhas para circunscrição e defesa da cidade.

Deste conjunto, sobressai um bairro de ricas casas senhoriais — que se opõe diametralmente às da plebe, pela complexidade da sua construção e requinte decorativo — donde se destaca “A Casa dos Repuxos”, na qual nos podemos deliciar com as suas zonas ajardinadas e pavimentadas com mosaicos policromos, muito bem preservados, exibindo motivos mitológicos, geométricos, ou representando, muito simplesmente, o real quotidiano.


Coordenadas GPS: 40º 05'55.45''N; 8º 29'24.72''W

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