Conímbriga
Conímbriga é indiscutivelmente um
conjunto arqueológico de inigualável importância no nosso país, quer pela sua
imponência e grandiosidade quer pelo seu excelente estado de conservação.
Segundo os estudiosos da matéria,
Conimbriga foi habitada entre o Séc. IX a.C. e Sécs. VII-VIII.
Dizem alguns que a sua primitiva
ocupação foi feita por celtas da tribo dos Lusitanos.
Este espaço é comumente conotado
com os romanos mas, na verdade, os romanos só chegaram a Conimbriga na segunda
metade do Séc. I a.C., e nessa altura era já um povoado importante. No entanto,
é que inquestionável que a romanização lhe trouxe um enorme incremento,
tornando-a numa próspera cidade.
Como todo o império romano,
depois da grande ascensão veio o declínio, com reflexos também nesta cidade.
Com a profunda crise política e administrativa do Império, Conimbriga sofreu as
consequências das invasões bárbaras. Em 465 e em 468 os Suevos capturaram e saquearam
parcialmente a cidade, levando a que, paulatinamente, esta fosse abandonada.
As primeiras escavações
arqueológicas, efetuadas de forma sistemática, começaram em 1899 graças a um
subsídio concedido pela rainha D. Amélia.
Essas escavações arqueológicas
puseram a descoberto uma parte muito significativa do traçado desta cidade
possibilitando, ao visitante das Ruínas, a prova viva de uma planificação
urbanística laboriosa e atenta a todas as necessidades: o fórum, o aqueduto, os
bairros de comércio, indústria e habitação, uma estalagem, várias termas, o
anfiteatro, as muralhas para circunscrição e defesa da cidade.
Deste conjunto, sobressai um
bairro de ricas casas senhoriais — que se opõe diametralmente às da plebe, pela
complexidade da sua construção e requinte decorativo — donde se destaca “A Casa
dos Repuxos”, na qual nos podemos deliciar com as suas zonas ajardinadas e
pavimentadas com mosaicos policromos, muito bem preservados, exibindo motivos
mitológicos, geométricos, ou representando, muito simplesmente, o real
quotidiano.
Coordenadas GPS: 40º 05'55.45''N; 8º 29'24.72''W
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