Mosteiro de Pombeiro
Embora desde 853 haja referências
a Pombeiro, como sendo uma das mais antigas instituições do género em Portugal,
só em 1059 se encontram registos da fundação do Mosteiro de Pombeiro.
No entanto, só 1102, através de
uma importante doação ao Mosteiro por parte de uma família poderosa e abastada ligada
à Corte, os Sousões, o fez ganhar notoriedade.
Este mosteiro beneditino
tornara-se um ponto de extrema importância também pela sua localização, já que situava
no cruzamento de duas das mais importantes vias da época. Uma delas ligava o
Porto a Trás-os-Montes por Amarante. A outra ligava a Beira a Guimarães e
Braga, atravessando Lamego e o Douro em Porto de Rei.
Era por estes lugares que os reis
se instalavam nas suas viagens e nos quais os peregrinos se albergavam e recebiam
assistência.
O poder do mosteiro foi
aumentando bem como o seu património, através de rendas e dízimos. Chegou a
possuir 37 igrejas e a sua influência estendia-se até à região de Vila Real.
Durante os séculos XII e XIII o
mosteiro sofreu grandes alterações, nomeadamente na sua fachada principal que
se destinaria aos túmulos dos nobres da região. Hoje apenas restam dois túmulos
românicos.
No séc. XVIII recebe o mosteiro
novo impulso com a construção de nova capela-mor, o coro alto, o órgão, as
numerosas obras de talha dourada, as duas torres que flanqueiam a frontaria e
uma parte das alas monacais.
Como em muitos outros, com a
extinção das ordens religiosas em 1834, o mosteiro de Pombeiro foi encerrado,
interrompendo a sua época de glória.
Desde meados do século passado, o
mosteiro tem sofrido grandes intervenções de requalificação, apresentando-se ainda
hoje como um edifício imponente e de visita obrigatória, integrando a Rota do
Românico do Vale do Sousa.
Coordenadas Geográficas: 41° 22' 58.091" N / 8° 13' 32.597" O
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