FOTOS e FACTOS: julho 2013

Mosteiro de São Martinho de Tibães

O Mosteiro de S. Martinho de Tibães foi um dos mais ricos e poderosos mosteiros do norte de Portugal e é, ainda hoje, um imponente monumento nacional.

Foi fundado em finais do século X, inícios do XI. Em 1077 aparece a primeira referência ao mosteiro.

Com o Movimento da Reforma e o fim da crise religiosa dos séculos XIV a XVI, o Mosteiro assiste à fundação da Congregação de S. Bento de Portugal e do Brasil, torna-se Casa Mãe de todos os mosteiros beneditinos.

Ao longo de sua história, e dada a sua importância no Império Português, o mosteiro reuniu o maior e mais valioso espólio da região. Nele se destacavam desde a pintura, a escultura e a arte sacra, a uma vasta coleção de livros sobre variados temas.

Com a extinção das ordens religiosas em Portugal, em 1833-1834, é encerrado e votado ao esquecimento e à ruína. Os seus bens, móveis e imóveis foram vendidos em hasta pública, processo que só terminou em 1864 com a compra do próprio edifício conventual. A maior parte do espólio foi perdida.

Foi adquirido pelo Estado Português em 1986, para se iniciar um projeto de recuperação que, embora com custos avultados, nos permite hoje o seu usufruto.

Para além do edifício, existe toda uma envolvente de rara beleza, a cerca, outrora espaço de meditação dos monges, e de produção agrícola e jardim.

Um dos caminhos conduz-nos ao grande “Escadório”, envolto por arvoredo, constituído por vários lanços de escadas simples ou duplas.

Entre os lanços de escadas inserem-se sete fontanários de granito, cada um deles uma obra de arte representando as sete Virtudes que, por ordem ascendente são Prudência, Justiça, Fortaleza, Temperança, Fé, Esperança e Caridade. Consta a aquisição de uma fonte com a figura de Neptuno. Porém atualmente o local da sua colocação está vazio.

No topo do escadório, existe um enorme tanque retangular, surgindo logo uma pequena capela, a Capela de São Bento com revestimento a azulejo, com atribuição seiscentista.

Coordenadas GPS: 41º 55' 50.88'' N 08º 47'94.38'' W

Vila de Melgaço

Melgaço, vila do concelho de Viana do Castelo, fica instalada numa colina sobranceira ao rio Minho, às portas de Espanha, em pleno Parque Nacional de Peneda-Gerês.

O castelo de Melgaço terá sido construído no reinado de D. Afonso Henriques, por volta de 1170.

Era então um importante centro de trocas comerciais. Talvez também por isso, Melgaço encontrava-se demasiado exposta às investidas, nomeadamente da vizinha região de Leão, sendo insuficiente a proteção erguida por D. Afonso Henriques.

Foi no reinado de D. Sancho II que a vila começou a ser rodeada de uma cerca defensiva.

Esta necessidade havia já surgido no reinado anterior, no de seu pai D. Afonso II, por força das lutas político-militares que motivaram a luta armada entre ele e as infantas suas irmãs.

Nessa altura, entre 1211-1212, o norte de Portugal foi invadido pelas hostes leonesas, justificadamente para defender os interesses das ditas infantas e Melgaço foi mesmo tomada, facto que apressou a construção da muralha.