Trata-se de um mosteiro beneditino. Num testamento do abade Randulfo, datado de 997 é referido pela primeira vez a existência do mosteiro.
Na fundação do Mosteiro estão Trutesendo Galindes e sua
mulher Anímia. Estes seguiram os costumes monásticos peninsulares e adotaram a
Regra de São Bento, entre 1085 e 1087.
Em 1088, existe uma grande doação de bens móveis e imóveis à
igreja do Salvador através de testamento de Egas Ermiges e de sua mulher
Gontinha Eriz, que assim procuravam a salvação das suas almas.
Esta igreja foi então a base do mosteiro que teria sido
erguido no séc XIII.
O mosteiro viria a ser doado pelo conde D. Henrique à
família Ribadouro, uma das mais importantes do Entre-Douro-e-Minho, e da qual
provém Egas Moniz que, segundo se consta, terá fundado este Mosteiro.
Aliás, terá Egas Moniz, e posteriormente a sua viúva, D.
Teresa Afonso, fundado diversos mosteiros desta região. As suas propriedades
expandiam-se por Cinfães, Lamego, Armamar, Castro Daire, Vila Nova de Paiva e
Moimenta da Beira.
Mais tarde, os filhos acabam por dispersar as propriedades e
deslocado o centro da família para fora da região.
No entanto, Egas Moniz e seus filhos encontram-se sepultados
neste mosteiro, embora não no seu lugar original. Uma das capelas, a do
Corporal, foi demolida obrigando à transladação dos túmulos para dentro da
capela-mor da igreja.
Os documentos da transladação referem que o túmulo de Egas
Moniz já havia sido mexido antes. O túmulo continha apenas os braços, as pernas
e parte da cabeça, bem como os ferros das armas e da bainha da espada. Pela
descrição do Frei Leão de S. Tomás, cronista da Ordem, os ossos encontrados no
interior do túmulo correspondiam a um homem de grande estatura.
Em 1927, um incendio destrói parcialmente o mosteiro, tendo
sido nesse mesmo ano alvo de obras de
restauro que se prolongaram durante um década.
Coordenadas GPS » N 41º 9' 56.72'' ,W 8º 20' 40.79''
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