Este monumento constituinte da
Rota do Românico do Vale do Sousa, foi construído nos finais do século XV ou
inícios do século XVI, sendo patentes semelhanças com a arquitetura do Mosteiro
de São Pedro de Cête, nomeadamente no que respeita às pedras de armas.
Fica sito em Cête, concelho de
Paredes.
Segundo consta foi mandado
reconstruir por D. Diogo Fernandes de Almeida, grão-prior da Ordem de Malta. No
altar-mor, admira-se uma imagem de pedra da padroeira, Nossa Senhora dos
Prazeres, ou do Vale, peça que remonta, provavelmente, ao final do século XV.
A pintura mural ali patente é de
grande beleza artística, pela bidimensionalidade da figuração e pelo desenho
dos rostos dos anjos, executada em meados do século XVI, muito provavelmente entre
1530 e 1540, e atribuída ao pintor Arnaus, um dos mais interessantes
fresquistas do Renascimento Português.
Como curiosidades, refira-se que
a Senhora do Vale é considerada uma milagreira. As virtudes milagreiras estão
bem patentes em dois ex-votos do século XVIII expostos no interior do edifício.
O mais antigo, relata um milagre ocorrido em 1747, quando um emigrante
português no Brasil terá sido salvo de um cerco desde as sete da manhã às
quatro da tarde por parte de um grupo de indígenas, num sertão do Paraná,
graças à intervenção da Senhora do Vale.
O mais recente, datado de 1796, dá conta de
uma tempestade que se abateu sobre a embarcação onde viajava para o Brasil
Custódio Coelho Ferraz Moreira. Este natural de Cête é salvo do naufrágio por
obra e graça da Virgem do Vale que, após o pedido de patrocínio, fez chegar ao
náufrago um fragmento do mastro, no qual navegou durante três horas até ser
encontrado pelo piloto da barra do Porto da Figueira.
Coordenadas GPS N 41º
10' 33.39'' ,W 8º 20' 57.16''
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