Ali para os lados de Santa Cruz do Douro, Baião, encontramos
Tormes e a Quinta da Vila Nova.
É na casa desta quinta que se instalou a Fundação Eça de
Queirós.
O autor nunca a habitou mas a casa de Tormes e a quinta
foram usadas para cenário de grande parte de “A cidade e as serras”.
Segundo relatos da própria Fundação, que tem por objetivo “preservar
e divulgar o legado cultural e literário do escritor”, Eça de Queirós acabava
de chegar de Paris quando visitou pela primeira vez a propriedade.
A propriedade foi herdada pela mulher do escritor, Emília de
Castro, por falecimento de sua mãe, em 1890. Dois anos mais tarde, Eça e uma sua
cunhada, Benedita, foram à descoberta das propriedades herdadas mas nunca
visitadas.
E pelos vistos a primeira impressão não foi a melhor: “... a
casa é feia, muito feia; e à fachada mesmo pode-se aplicar, sem injustiça, a
designação de hedionda. Tem um arco enorme; e, por debaixo dele, duas escadas
paralelas, que são de um mau gosto incomparável”, desabafou ele numa carta
escrita à esposa.
O deslumbre pela casa e pela propriedade chegou mais tarde,
quando já haviam desaparecidos os tiques da ultra civilizada cidade luz e
quando nela pernoitou e se apercebeu realmente dos seus encantos.
Hoje, quase toda a casa está transformada em casa-museu, com
algum espólio do autor. Não cheguei a visitá-la pois já haviam encerrado as visitas guiadas. Mas só o espaço envolvente, que é soberbo, vale a pena. Voltarei.
Coordenadas GPS: N 41º 07’ 50’’ | W 08º 00’ 26’’
Mais contactos: http://www.feq.pt/contactos.html
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